Salar do Uyuni sem perrengues – aventura na Bolívia

Salar do Uyuni sem perrengues – aventura na Bolívia

O Salar do Uyuni com certeza foi o lugar mais incrível que já visitei. É de uma imensidão inexplicável.

Você vê as fotos dos viajantes, milhares de posições, céu estrelado, mas nada é igual ao dia que você coloca seus pés lá e sente aquela energia toda.  Nossa viagem de férias seria apenas para o Chile, como já falei anteriormente,  decidindo por 3 países: Chile, Bolívia e Colômbia e denominei Expedição Sangue Latino, conhecer e desbravar a cultura andina. Comprei as passagens e começou a luta de reservas de hotéis, melhores bairros no AirBNB, agências.

Ao pesquisar sites e conversar com 2 amigos que já tinha ido ao Uyuni, chega deu aquele desespero… só me contavam perrengues, situações precárias: 2 dias sem tomar banho, comer banana e atum em lata todos os dias, furto em albergue, dormir sem calefação e com 3 casacos, alojamentos e banheiros imundos. Fiquei aterrorizada, só que eles contavam essas histórias de forma muito feliz, por que sempre afirmavam que a experiência tinha sido única, lugares belíssimos e que valia a pena.

Como gosto de blogs de viajantes… foi um destes que me salvou, por que se eu chegasse com meu esposo num alojamento no meio do deserto sem banho quente e com quartos coletivos, era divórcio certo. Já acampei, adoro roça, sei cozinhar em fogo de chão, faço qualquer coisa… se precisar. Como atualmente já passei dos 30 anos, não estava disposta a passar por perrengues.

Num desses relatos, o viajante falava que bastava pagar um pouco mais para ter ter todo o conforto na Bolívia, não estou falando de LUXO, ok, nem tenho condições para isso, mas o conforto, o básico, condições razoáveis para uma viagem de aventura.

Assim, achei a indicação da empresa Creative Tour que a mesma da Uyuni Expeditions (acho que é apenas o nome do serviço) , empresa Boliviana antiga, com sede em Uyuni, Cochabamba e outras cidades.

 

COMO CHEGAR ? COMO SAIR ?

Viemos de San Pedro de Atacama, preferimos fazer essa casadinha Atacama e Uyuni. Afinal é preciso muita disposição para aguentar as durezas dos Altiplanos Chileno e  Boliviano.  Na Travessia não tem somente o salar branco e inconfundível, tem montanhas, vulcões, lagoas de cores variadas, cânion, pueblos, museus, múmias, fauna e flora desafiadora devido ás condições climáticas extremas.

Laguna Colorada – #semfiltro #nofilter

O transfer nos levou do Hotel Quechua até a fronteira com a Bolívia. Para facilitar foi esse Hotel que escolhemos, na esquina da Rua Caracoles e com bom custo benefício. Perto no centrinho, mas sem o barulho do Centro, dormia e acordava com os pássaros. Não precisamos ficar levando mala nas ruas de barro de San Pedro, nem agendar um taxi para tão perto, ficamos lá mesmo e foi ótimo para nossos passeios no Chile também. Os carros da Coque Tours(transfer) já dormem no estacionamento do Quechua Hotel, então foi bem tranquilo, sem dificuldade com as malas, afinal eram 24 dias de viagem e expliquei como preparamos nossa bagagem aqui. 

De lá o carro da Creative com nosso Motorista boliviano Cesar, já estava nos esperando com Snacks, o roteiro, água, carro com GPS, oxigênio. Nossas malas foram dentro do carro que era bastante espaçoso. Tour semi-privativo com 4 pessoas, vieram 2 australianas muito gentis que fizemos amizade.Baiano é muito dado mesmo!!!

De La Paz, tem avião pela BOA e pela Amaszonas, todo dia, vários horários. A  BOA é bem maior, mas não consegui comprar pela Net. Talvez a agência Creative Tour ou outra boliviana possa ajudar a emitir os bilhetes, pois são mais baratos. Na Bolívia não funciona Paypal, pagamento internacional é um problema.  Voltamos de Uyuni para La Paz, vôo só de ida, pela Amaszonas, jato pequeno, portanto não cabe nada de bagagem de mão, eles vão despachar no porão sem cobrar   taxa extra, mas se você tem aquela bolsinha de mão chique, ou colocou dinheiro, máquina fotográfica, eletrônicos… melhor  levar uma mochilinha bem menor para retirar esses itens mais caros. Consegui comprar pela internet.

Não sei como é a experiência de ônibus, só andei em rodovias na Bolívia de La Paz para Copacabana, tinha muito engarrafamento e a estrada estava em manutenção, muitas obras, trânsito lento.

 

ESTRUTURA E SERVIÇO OFERECIDO

 

Durante os 3 dias que fiquei em San Pedro eu via as fotos das centenas de agência e me deliciava, mas quando via os carros passando com 6 pessoas dentro, só pode levar 1 mochila pequena, e ouvia conversas das dificuldades me assustava, era um misto de sensações.

Chegamos na fronteira da Bolívia e nosso transfer da Coque Tour agilizou o procedimento e conseguiu nossos carimbos, por que a fila era imensa… faz muito frio… muito vento… vá agasalhado e com roupas térmicas, nem que você tire depois no caminho.

Fronteira Chile- Bolívia- Hito Cajon

Nosso carro era bem novo e equipado, vou listar abaixo o que tivemos e o que outras empresas não oferecem ou é diferente estará em azul e que achei essencial para nossa viagem ser bem tranquila :

Tour semi-privativo com 4 pessoas ;

Água mineral à vontade;

Todas as Bagagens dentro do veículo ;

2 diárias em Hotel no Deserto e no Salar da Rede Tayka;

Quartos duplos com banheiro privativo;

Hotel com Calefação, banho quente, internet(lenta mas dava para o básico);

3 refeições com vinho no almoço;

Jantar com vista panorâmica

Snacks;

Ingressos aos parques incluídos;

Motorista que também é guia;

Carro com GPS/oxigênio/telefone de satélite;

Assistência remota com a equipe da Creative;

PAGAMENTO 

Confesso que essa parte foi a que mais me preocupou. É bem mais caro que os pacotes contratados diretamente em San Pedro de Atacama e no Uyuni, que ficam entre 200 e 300 dólares.  Como li avaliações no TriAdvisor  me encorajou. Por isso repito: pessoas reais, avaliem empresas reais, isto ajudam muito, escrevam , comentem.

Troquei diversos e-mails com a Verônica, demoraram um pouco de responder, mas depois de muitas mensagens, tirar dúvidas, agendei com antecedência e paguei via Western Union que aqui na minha região tem dentro das lojas Riachuelo(hoje com o boicote nem sei se entro mais lá, sou advogada de Direitos Humanos e o movimento LGBT está numa campanha, devido as publicações homofóbicas do proprietário). Turismo consciente tem tudo haver com este Blog. Banco do Brasil também faz esta transferência para Bolívia. Não consegui via Transferwise pois pedia um código de 9 números que ninguém conseguiu decifrar. Também não cobrava pelo cartão.

Fiquei tensa, enviar dólares para o exterior para uma pessoa física que nunca vi. Se você está se sentindo assim, tem algumas precauções, primeiro eu avaliei o site, a empresa, eu recebia mails oficiais, site seguro. Depois vi as avaliações no Trip Advisor, depois procurei pessoas que já tinham contratado pelas redes sociais, fui no Google Street View ver a rua ,se sede física  era real e  pimba. Escolhi a Creative Tours.

Este post não é patrocinado, ok, não recebi nenhum tipo de vantagem de nenhuma empresa aqui citada e paguei meu passeio integralmente. Fizemos uma parceria apenas este mês para os meus leitores,  quem ganha são vocês e eu agradeço muito quem está passando por aqui para ler este artigo, lembrando tem uma surpresinha lá no final.

 

OUTROS FORMATOS DE TOURS e INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS

Demais Tours das Agências, pelo menos o que pude perceber, são desta forma:

6 pessoas no veículo e 2  vão no banco que reclina no bagageiro, então o motorista vai revezando as pessoas cada dia para não cansar;

Água é cara demais no Chile e Bolívia, e você terá de levar seu garrafão(5/6 litros), afinal serão 3 ou 4 dias, ainda terá de comprar mais nos mercados improvisados nos povoados do deserto;

Sendo transporte com 6 pessoas não terá tanto espaço dentro do veículo para tanta bagagem, então sua mala maior terá de ir no bagageiro superior amarrado e só devolve no final do percurso, pense na cor e na poeira, serão 600 km de estrada de chão. Já  sua mochila com os itens  básicos tem de ir com você dentro do veículo, muitos optam pelo locker no Uyuni ou em San Pedro, para guardar mala maior e só ir com o básicos dos 3/4 dias;

Paradas e hospedagem são em alojamentos, hostal no meio do deserto: é uma opção bem comum por lá. Como falei antes eu não faria, mas cada pessoa tem seu estilo de viagem, precisamos respeitar. O mais importante é informação, então pergunte tudo antes, se tem janelas, se tem banheiro adequado, quanto custa, se tem banho quente, se tem quarto masculino e feminino separados, quantas camas por quarto, pergunte sobre cobertas, talvez precise de saco de dormir. Pergunte e veja fotografias. Tem alojamentos que não tem LUZ, é bem roots.

Banheiro é um assunto frequente quando falamos em Bolívia. Deixei de ir nas Termas de Polques por que o Banheiro para trocar de roupa estava impraticável, já no Pueblo de Coquesa e Isla Incahuasi estava mega limpo.  Infelizmente em alguma paradas pude ver que, os viajantes para economizar grana, fazem suas necessidades fisiológicas ao redor dos alojamentos e hostal, e sujam todo o entorno dos parques, as lagoas, um absurdo, tudo isso para não pagar 5 bolivianos.

Também pergunte sobre os valores de uso de banheiro e dos parques, assim, você leva a quantidades de bolivianos adequada. Também aceita pesos chilenos.

Calefação ou a falta dela é tema relevante. No meio do deserto não tem luz elétrica, não tem água encanada, tudo depende de geradores ou energia solar, eólica, pergunte sobre banho quente. Os banheiros são coletivos, entrei em 2 para uso no meio da viagem, não sei como era à noite com o frio que cai sobre o deserto. 

Refeições são preparadas pelo próprio motorista. Não tem água doce no deserto, é rara, você verá caminhões-pipa transitando, é produto raro e caro. As refeições eram bem simples, por que 2 vezes vi o nosso motorista montando nosso almoço e via as mesas as lado com 1 banana, atum em latinha, milho, rodelas de tomate. Comida simples, tudo bem, só aviso que será isso por 3 dias, então o bom já é saber o que vai acontecer para não levar sustos. Se você retornar para San Pedro de Atacama lembre-se de não trazer NADA de comida ou vegetal ou animal; tem cachorros na alfândega e as multas são altas, o controle sanitário no Chile é rigoroso, não vacile com aquela maçã.

Maioria das agências você que comprará seus ingressos, lá mesmo na hora, então planeje-se e sempre tenha bolivianos extras para souvenir, banheiro, lanches e os tickets, tem de pagara para entrar em todos os locais e no caminho, nas reservas que são administradas pelas comunidades tradicionais locais.

Veja fotos dos carros da empresa nos sites como Tripadvisor, ficar no meio do deserto por causa de um carro velho quebrado não deve ser nada agradável.  

De forma alguma estou desestimulando ou maculando alguma agência, só faço relatos do que vi, para que você escolha seu perfil de viagem, algumas pessoas acham ótimo e contam sorrindo seus percalços e perrengues na Bolívia, outros contam chorando e se lastimando. Viagem boa, é aquela que se adéqua ao seu orçamento e ao seu perfil. Eu me diverti demais. Se passasse pelas situações acima teria voltado solteira e infeliz, mas isso é algo pessoal, ok. As informações são para contextualizar.

 

DIVERSÃO

Nem preciso reafirmar como é lindo, magnífico, como o Uyuni é mágico. O altiplano boliviano tem efeitos especiais de verdade, CRIADOS PELA PRÓPRIA NATUREZA esplendorosa.

Tínhamos as paradas programadas, mas como éramos apenas 4 fomos optando e pedindo paradinhas especiais, demorava menos em um lugar, mais em  outro, dependendo das condições climáticas e do nosso ritmo.

As fotos são um caso a parte, são milhares e quantos gigas você tiver no seu MicroChip irá lotar. Aquelas de perspectiva são difíceis, mas nosso guia César arrasou e tinha a maior disposição.

Leia também: Como prepara Mala para Uyuni- calor e frio

                          Expedição Sangue Latino- roteiro Chile, Bolívia e Colômbia

                          Primeira Viagem internacional- vencendo medos e barreiras

 

HOSPEDAGEM

A rede Tayka tem uma estrutura muito boa. O Tayka del Desierto reúne os viajantes de todas as rotas, de quem vem no Chile, de quem vem de diversas estradas da Bolívia, por isso lotou!!!

Se você quer se hospedar em Hotel, acredito que deva fazer com antecedência mínima. Quase fomos surpreendidos, pois bem naquela época iria passar o Ralidakar, então os preços subiram, mas nós já tínhamos contratado antes de sair a programação. Foi tudo tranquilo e ainda vimos o Dakar em La Paz.

 

Existem várias regrinhas. Pedem para carregar os eletrônicos até às 20:00 enquanto tem corrente nas tomadas.  Para tomar banho o mais cedo possível por que a água é aquecida com energia solar. Tem farmacinha e oxigênio. Muito útil e muito usado pelos hóspedes, já que estamos 4400 metros acima do nível do mar. Quartos muito limpos, bem decorados e com amenidades(shampoo/condicionador/sabonete).  Quem está viajando por muito tempo, isto já é algo para levar na mala e poupar peso. Cobertas quentinhas e uma janela com vista para o céu estrelado. Era o conforto  que precisávamos depois de 1 dia exaustivo

No outro dia dormimos no TAIKA de Sal, muito lindo também, já dentro do Pueblo, nas margens do Salar, então tinha luz elétrica à vontade. Podíamos caminhar  bem dentro do Uyuni.

Nosso motorista nos acompanhava em todos os momentos, e dormia no mesmo Hotel, nos quartos para os “chofers”e também fazia refeições conosco, além disso foi nosso guia e amigo pelos 3 longos e maravilhosos dias de travessia. Imagina o tanto de perguntas que eu fazia … César foi muito, muito… paciente.

Bebidas são pagas em separado e aceitam boliviano, peso chileno ou dólar.

 

ALIMENTAÇÃO

Quando falei que ia para Bolívia meus amigos médicos logo me passavam 1000 recomendações: “não coma comida de rua “, “cuidado com contaminação”, “leva remédio”.

Enfim, viajar para outro país é sempre um choque para seu estômago também.

Mas foi tudo tranquilo pelo Uyuni. A comida foi simples porém adequada, podia melhorar só um pouquinho no almoço, um azeite de Oliva do vizinho Chile já resolvia!! Fiz sugestões à equipe que logo disse que irá atender.

Tinha verduras e vegetais. Café da manhã e Janta sempre nos Hotéis Tayka com vista incrível panorâmica, isto sim, foi UM LUXO.

De manhã as raposas andavam próximas, e este bom-dia da natureza abria nossos trabalhos desbravadores.

No Café da manhã, pão quentinho feito no próprio hotel, muitos chás, frutas, queijos.

No Jantar, entrada era Sopa de Quinua, prato principal com carne e sobremesa. Tudo muito saboroso, e tem opção para vegetarianos também.  Sopa de quinoa é algo que te acompanhará em toda a Bolívia … as sopas do Hotel estavam deliciosas, afinal eles plantam quinoa no altiplano, naquela altitude, bem pertinho já avistamos as plantações e os produtores. Nunca mais na vida eu reclamo do preço da quinoa, é um trabalho hercúleo dos povos tradicionais, primeiro por terem protegido e cuidado das sementes para as gerações seguintes, segundo o próprio cultivo em altitude, é um desafio.

E aí?? Se empolgou para fazer esta belíssima travessia? É daqueles passeios que estavam na minha listinha para fazer 1 vez na vida.

Crie coragem, economize, pesquise, das centenas de agências alguma caberá em seu orçamento. Se você quiser contratar o passeio da Creative Tour, envie mail para veronica.zambrana@creativetours.com.bo, diga que leu a recomendação do site juremacintra.com e terá 5% de desconto.

 

 

Um Réveillon em Ilhéus

Um Réveillon em Ilhéus

Praia, calor, alegria, festas, é tudo que espera o turista ao chegar em Ilhéus no Sul da Bahia nas férias de  final de ano.

São 100 km de praias lindas, coqueirais, cachoeiras, uma imensa zona rural cheia de segredos ainda pouco explorados como a Lagoa Encantada.

Mas o que poucos turistas sabem ou pesquisam são as precariedades da região. Além dos altos índices de pobreza, a falta de infraestrutura para o turismo, lixo nas praias e ruas ainda enfrentará engarrafamentos monstruosos em qualquer horário.

Podemos acrescentar a falta de investimento dos empresários locais. Depois de um 2015 em que a palavra mais falada foi crise, algumas festas de Réveillon 2016 foram um sucesso de bilheteria e público e um fracasso em organização. Pelas redes sociais vemos queixas das mais variadas. Me atenho a duas festas paradoxais e antagônicas, os tradicionais Réveillon do Batuba Beach(Olivença) e o Réveillon do Hotel Jardim Atlântico(Ilhéus).

Se você tem 15 anos de idade, com certeza irá adorar o Batuba Beach, complexo de lazer na praia de Olivença em  Ilhéus com grandes atrações de axé e pagode. Mas se você tem 30 anos e filhos e quer um pouco de conforto: esqueça! O local fica na Rodovia Ilhéus-Una, BA 001, pista simples e o transporte público que já é precário, fica ainda pior no verão, são ônibus lotados e abarrotados de pessoas, as Vans de Transfer bem como os ônibus das bandas e centenas de carros ficam todos travados na entrada da casa de Show. Existem alguns estacionamentos privados à margem da Rodovia que não oferecem nenhum ticket e segurança é  fictícia.

Nos portões de entrada dos camarotes muitas discussões sobre ingressos falsificados, impressão ruim daqueles obtidos na internet, seguranças grosseiros inclusive houve relatos de discussões acaloradas.

Estivemos no dia do show do Rappa , Saulo e O Quadro, as três atrações atrasaram apenas 01 hora, e foi muito bom em termo de qualidade musical e escolha das bandas. Até aí tudo bem, lembra, você tem 15 anos e só quer se divertir.

Agora experimenta ir de sandália aberta(rasteirinha),  o risco de cortar o pé é alto, pois não tem coletores ou lixeiras e o mar, digo oceano de latinhas de cerveja  no chão te atrapalha até de dançar. Experimenta ir com esta sandália no Banheiro “Ecológico”, realmente eu queria entender como um banheiro químico pode ser “ecológico”. É um mar de papel higiênico  e urina por todos os 4 cantos e para mulher é terrível, difícil se agachar, o vaso é alto, então o medo de tocar é imenso, você sai com aquela sensação que pode contrair 25 doenças venéreas.

Experimenta agora ir comprar cerveja, é uma fila imensa de um lado e o bar do outro, pronto você acabou de perder 20 minutos de show neste vai e vem. Daí você não tem outra alternativa a não ser ficar de “bico seco” sem cerveja demorada e por consequência sem banheiro imundo.

Não experimentei as barraquinhas de comida, mas confesso que não tenho coragem de comer cachorro quente em eventos na praia.

Acabou a festa, então você pensa que acabou o show de horrores? Que nada, na saída vemos confusão, muitos ambulantes, trânsito caótico, a Polícia Militar parecia mais estar à paisana e agentes de trânsito nem pensar. Carros se engalfinhando, discussões, ultrapassagens pelo acostamento absurdas, até mesmo de motoristas de táxi. Caros leitores, já tenho mais de 30 anos, realmente devo estar muito velha para não aguentar mais este tipo de estrutura. Amigos que foram no dia da virada só me relataram decepção, bandas boas, artistas maravilhosos  mas estrutura a desejar, no camarote Open Bar, vodcka de um lado,  energético no oposto e refrigerante em outro, um zig-zag infinito, cerveja quente, faltou comida e na pista faltou até ficha para vender cerveja.

Difícil entender tais questões, pois o espaço é próprio dos organizadores do evento, não é alugado,  e a cada ano, mais e mais pessoas comparecem, então por que não oferecer bons banheiros projetados, faxina permanente, bolsões coletores de latinha, treinamento aos seguranças e equipe ? Por que não construir um trevo de acesso na frente, ter transporte integrado ao evento saindo do Hotel Opaba(mesmo dono  da festa), fazer parceria com Prefeitura, Secretária de Trânsito e Polícia Militar para um trânsito com fluência e eficiência?

Não sou administradora, nem turismóloga, sou apenas uma consumidora exigente, lembrando que tudo isso por uma bagatela de R$400,00(camarote Vip All Inclusive com Buffet).

Daí que nossa experiência no Hotel Jardim Atlântico fora bem diferente.

O estacionamento privado do Hotel estava cheio, mas colocaram vários seguranças que organizavam o fluxo e vigiavam os carros na rua de Acesso, quando vimos tantas e tantas pessoas pensei que poderia ter as mesmas surpresas desagradáveis do dia anterior no Batuba. 1º ponto positivo- SEGURANÇA.

A recepção estava belíssima com ornamentação  temática de “roça de cacau”, as recepcionistas super-mega-hiper gentis nos receberam com sorriso no rosto. 2º ponto positivo – GENTILEZA

Tinha mesas de todos os tamanhos e para todos os grupos, desde individuais, até para grandes famílias, muitos sofás, lounges, área da piscina, muitas cadeiras. 3º ponto positivo – CONFORTO

O espaço infantil seguiu com atividades lúdicas até bem tarde, víamos muitas pais com seus filhos curtindo a festa juntos. 4º ponto positivo – INTERAÇÃO

Bebidas eram servidas sem parar, os garçons e garçonetes foram bem treinados, pois de uma gentileza sem igual, whisky bom, champagne, pro-seco, tudo servido em taças de vidro. Drink’s deliciosos preparados na hora. Buffet de frios de excelente qualidade e jantar quente(bacalhau e filé mignon) servido em inúmeras ilhas, também tinha acarajé e doces. Na virada todos recebemos MAIS uma Champagne em cada mesa, cada família estourou sua espumante vendo uma belíssima queima de fogos na praia. 5º ponto positivo – FARTURA

 

Teve cortejo Afro na Praia, Samba de Roda e Show de Capoeira, foi belíssima a valorização da nossa cultura afro-baiana. A Banda era regional, mas tocou demais, todos muito bem vestidos, CIRCUITO FECHADO já é “arroz de festa”, prata da casa e não decepcionou, levou por cerca de 4 horas e a pista de dança ficava lotada.  DJ finalizou o dia. 6º ponto positivo – MÚSICA BOA e CULTURA AFROBAIANA

A higiene do espaço estava impecável , todo momento os garçons recolhiam os copos já usados e substituíam por outros de vidro, equipe de serviços gerais e jardinagem não deixavam lixo no chão e havia banheiros químicos para homens e banheiros fixos para mulheres, devia ter tirado foto, pois o banheiro é lindo, ornamentado, florido, higienizado a todo momento, com arquitetura adequada para beira-mar,  ou seja, mulheres podem beber tranquilas que não irão passar aquele sufoco narrado acima. Último ponto positivo: LIMPEZA E HIGIENE.

Tudo isso por R$360,00, quase o mesmo do Batuba,  sem bandas famosas e artistas de renome, mas como muito conforto e requinte. Então se você tem entre 18 ou 98 anos acredito que este artigo dará uma visão do que escolher nos próximas viradas de ano, digo 18, pois no último dia de recesso da Justiça baiana em 2015 a juíza da Vara da Infância proibiu a entrada de menores mesmo que estivessem acompanhado dos  pais no Batuba Beach.

Segurança, Gentileza, Conforto, Interação, Fartura, Música Boa, Cultura afrobaiana, Limpeza e Higiene, 9 elementos que me fazem acreditar que a escolha do Hotel Jardim Atlântico foi a melhor para nós.  Para reservar sua próxima estada em Ilhéus veja o Booking

 

Próximos Réveillons penso em não mais passar por aqui, quando a gente mora no Paraíso como Ilhéus,os feriados parecem o Inferno.

Este artigo  não teve qualquer tipo de patrocínio de nenhuma empresa citada e reflete as impressões pessoais da escritora.

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