Churrascaria Recanto Gaúcho

Churrascaria Recanto Gaúcho

Ilhéus é praia, 64 kilometros de muita praia, mas se come carne muito bem, tem gente que não abre mão daquela picanha bem suculenta. Eu gosto muito da Churrascaria Recanto Gaúcho e somos clientes há décadas, uma novidade que tenho feito é levar vinho, eles cobram pequena taxa de rolha,

O buffet é muito bom, farto, grande, tem buffet de japonês também e fartura de carnes, queijo coalho, costela inteira. É muito bom de qualidade.

A vista para o mar e baia do Pontal é maravilhosa, bucólica e o atendimento dos garçons é sempre o mesmo e de qualidade, Pertinho do aeroporto, você pode unir com sua chegada ou retorno de viagem. Chegou com muita fome? Vai pra Recanto gaúcho, mas se for dia das mães e dia dos pai, tem de ter paciência por que lota, fica bem cheia, por que o serviço é bom.

As churrascarias da Bahia são diferenciadas, é banana da terra fritinha e sequinha, batatinha frita, muita salada e palmito, eu amo palmito, e tem in natura, e maionese, palmito com legumes salteados, essa sessão eu adoro.

E para os vegetarianos o buffet de saladas e queijos é muito bom e variado, palmito à vontade, comida japonesa, e tem valor reduzido.

Você estaciona na rua mesmo, mas é seguro e o guardador de carro é um senhor fofinho que tem muitoooooo tempo lá , sempre parando os carros pra gente atravessar para o outro lado da rua. As fotos ali na frente ficam radiantes.

Este post reflete percepções reais de nossa vivência como moradora de Ilhéus e não se trata de publi patrocinada.

MARÓSTICA

MARÓSTICA

Quando a Itália namora a cidade de Ilhéus surge um dos melhores restaurantes da região cacaueira.

Somos clientes há mais de 01 década e posso afirmar com toda certeza que a Chef Alessandra Marino faz jus à fama. A comida italiana com toque brasileiro sempre nos surpreende.

O cardápio é o mesmo de sempre, e tudo sempre é servido com muito sabor, delicadeza e cuidado. Os garçons Carlinhos e Márcio também são os mesmos. O dono sempre foi o Pepe. O local sempre foi na Avenida 2 de julho no Centro Histórico de Ilhéus. Adoramos repetir pratos, adoramos conversar com cada um e adoramos encontrar amigos e ver políticos ali confabular.

A constância, a permanência é o que mais aprecio. Todo dia é igual, a qualidade é igual, a gentileza, a explosão de sabores de pratos italianos bem tradicionais e também tem espaço para inovação.

Tradição nas massas, no spaguetti ao frutos do mar. Inovação no Bife de Chorizo com Risoto de banana da terra.

Tradição no filé e seu ponto exato e inovação nos vinhos brasileiros.

E onde está a surpresa do início do texto ? Está nesta constância, em Ilhéus coisas boas facilmente perecem, o Maróstica permanece intacto, como um patrimônio gastronômico. Como uma arte delicada com fazeres e saberes se entremeando.

Turistas ou locais, o Maróstica merece ser visitado por todos e todas, quase uma obrigação religiosa de peregrinação gastronômica. O beber e comer bem, se tornam quase uma prece, fazemos toda semana quando saímos de casa e estacionamos ali na antiga casa comercial de cacau que virou o restaurante. Pretendemos manter a tradição.

Fotos ? O instagram deles está cheinho. Deixo aqui as singularidade das palavras, e você que foi no Marostica, diz aqui nos comentários o que acha deste espaço de delícias .

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Chocolate com Umbu

Chocolate com Umbu

Como é possível unir duas paixões tão distintas?

O Umbu é uma fruta tipicamente brasileira, endêmica, por que só nasce no bioma Caatinga. Eu nasci em Seabra, no coração da Chapada Diamantina e centro da Bahia. Desde criança eu ficava sonhando em chegar o mês de dezembro, não só por causa do Natal, dos presentes comerciais, mas dos presentes naturais. Dezembro é mês de umbu e de mangaba, mas, sobre as mangabeiras, serão outras escritas.

Após provar um chocolate de umbu eu senti uma vontade avassaladora de escrever, dentro de mim algo estava pujante, deixei até de ir num compromisso ambiental, por que as palavras estavam me dominando.

Voltemos a infância em Feira de Santana, onde tem umbu, mas são mais tímidos, árvores menores, tinha muito mais cajá, então eu ficava sonhando com a viagem para Seabra na casa de vovó Amélia e chegar na feira e ter aqueles umbus enormes que vinham de Oliveira dos Brejinhos ou da Prata . Quando comecei a andar por Irecê e Jussara, e, descobri a roça de tio Licínio, foi uma paixão avassaladora, cada umbuzeiro digno de batismo e tombamento. Assim como na cidade de Sabará alugam 1 pé de jabuticaba para chupar, deveriam fazer com o umbuzeiro. É tanto umbu gostoso e diferente que fico imaginando a injustiça e tristeza de bilhões de pessoas no mundo que desconhecem este alimento. Partindo desta ótica, eu sou privilegiada demais, conheço centenas de pés de umbu.

Da infância para adolescência, parece aquela passagem de tempo de novela brasileira, mas com uma marca indelével, os dentes manchados de umbu, e desgastados, cada dia os dentes frontais mais deformados e quase sem solução, doíam e muito chupar umbu e tem as técnicas ancestrais de morder o galhinho novo de umbu para a resina proteger os dentes. Fiz tudo isso e faço, mas o desgaste vem.

Nada resolveu, fui até a idade adulta sofrendo com idas ao dentista e as técnicas de chupar umbu com uma faquinha na mão viraram rotina, por que agora sou proibida de morder virulentamente o fruto, é tudo descascado com a faca afiada e colocado na boca com cautela. Andanças e andanças mil, até que me mudo para Ilhéus, para estudar direito. Aqui não tem umbu, aqui é Mata Atlântica e Cabruca cheinha de cacau. Outro fruto entra em minha vida. Mas, na Bahia, tem a história dos ambulantes, então chega umbu nos carrinhos de mão, nas ruas do centro, na feira livre, mas nada se compara a chupar no pé, com aquela casca verde crocante, é uma sensação inigualável, única, um deleite aos ouvidos o “croc croc”, um sabor irresistível do cítrico e do açúcar. Chupar umbu no pé deveria ser atração turística com cobrança de ingresso e ticket.

Belo dia, descubro que meu pai escreveu um cordel com o título : “SE UMBUZEIRO FALASSE”, é uma obra prima da escrita e da poesia popular, Marialvo é geógrafo e chapadeiro de Ipupiara, amante da caatinga e conservacionista. Eu lia o texto e ia me derretendo em lágrimas, sonho em poder musicar e transformar numa peça de teatro, ou numa opereta, é uma obra prima da sociologia rural, das disputas de terra e injustiças sociais no campo e da biologia da conservação, só quem domina muito a língua e o tema é capaz de escrever com tamanha maestria. Sonho que este poema seja conhecido por todo o mundo.

Então a paixão pelo umbu, foi crescendo, pelo prazer do paladar, pela escrita de meu pai, pela importância da árvores no sertão e na ecologia.

E os dentes sofrendo, sofrendo ao ponto de todas as fotos de viagem ficarem sempre com aquele dentinho manchado, de tanto desgaste natural com o cítrico da fruta.

Só que o umbu começou a ter concorrência, a mudança para estudar nas terras grapiúnas de Ilhéus foi ficando mais longa, pós graduação, trabalho, casa própria, casamento, envolvimento comunitário e Cacau entrou definitivamente em minha vida. As viagens para Seabra e Feira de Santana ficaram menos constantes e o fruto ouro foi entrando sorrateiramente no meu cotidiano. É suco de cacau, é mel de cacau, é licor de cacau, é geleia. Mas, o chocolate fino foi bem devagar, a primeira vez que provei foi em 2004 na eleição para reitoria a UESC, o marido de professora Adélia, então candidata, trazia de lanche pra gente, uns bombons maravilhosos. Fausto nem podia imaginar o que fez conosco, despertou sensações únicas, momentos sensoriais impressionantes.

Mas não era fácil de achar e tudo ainda era muito novo neste universo em Ilhéus, a pobreza em face da crise econômica assolava as propriedades e fazendas. Até que um dia fui para um evento regional que se chama Festival do Chocolate, de stand em stand fui conhecendo um universo mágico e daí em diante não parei mais de provar essas “barrinhas”. São aventuras semanais de experimentação, até que na loja da Dengo onde vende multimarcas, me deparei com uma barrinha de Chocolate 70% e Umbu. A curiosidade foi imediata, oxe? como assim ? como pode ? quem faz ? quem criou ? quanto é ? como é ? da onde vem ? cheguei em casa e fiquei olhando a embalagem até decifrar este mistério, e bote oxe? melhor oxe oxe oxe, a gente repete 3três vezes.

O nome da barra é Mission Chocolate. Não sei nada sobre a marca e os idealizadores e isso que me encanta, escrever no escuro, não vi nada nas redes sociais, não li, não estou sugestionada, posso falar com pureza.

Eu já tinha algumas preferidas e agora aumentou a listinha das prioridades. Assim como Umbu é uma espécie funcional de grande relevância ecológica, esta barrinha ganhou grande relevância no meu universo particular de deleite.

São quadrados de geleia de umbu milimetricamente adicionados na barra, como uma obra de arte geométrica. Não sei quem criou isso, só sei que biologia da conservação é matemática, é cálculo, é estudo. Chocolate fino também, é o que vi e senti, até a embalagem é de uma delicadeza artística elaborada.

Um fruto amazônico e outro catingueiro, um fruto doce e outro ácido, um fruto da abundância de água e outro da escassez, um fruto de casca dura e outro de pele tenra, um fruto de sombra e outro de sol, e nesta dicotomia de frutos protegidos por povos ancestrais que se unem duas paixões que carrego em minha alma. Cacau e Umbu. Um muito obrigada às mãos talentosas que fez este chocolate que parece ser uma missão de vida como diz o nome da marca que acabei de conhecer.

Sobre os dentes? Ainda bem que surgiu a tal da faceta de resina e agora posso morder umbu de novo no pé, paixões preservadas pelo ecossistema e pela minha dentista.

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As pousadas mais baratas de Ilhéus

As pousadas mais baratas de Ilhéus

O post que tantos me perguntam finalmente saiu. As pousadas mais baratas de Ilhéus não estão nos aplicativos, nem no booking, nem hoteis.com, justamente por que o preço delas é tão em conta que os proprietários não aguentariam as taxas destas plataformas.

Hospedar-se em Ilhéus mais parece um mosaico, pois os bairros são bem diferentes e distantes, mas se você não se importa de pegar ônibus e está mais a fim do preço, bora lá.

Vou me ater, primeiramente as Pousadas que ficam no Bairro Pontal, que em outro post já disse que é estratégico.

POUSADA 13 DE MAIO 073-3632-3133

POUSADA RAIO DO SOL 073-3231-4520

POUSADA PONTAL 073-3231-4403

POUSADA DO SUL 073- 3632-4650

POUSADA SOL DO ATLÂNTICO 073-3632-7742

A maioria das pousadas estão bem na frente da Ponte Estaiada

É isso mesmo, você que está acostumado neste mundo tecnológico, com aplicativos, cash backs e etc, vai ter de pegar seu telefone e ligar ou dar aquela “googada”. Acredite, esse contato humano de telefonar é tudo de bom e valerá para garantir bons preços.

No Bairro Pontal, já falei em outro post, tem tudo que um turista econômico deseja. Ponto de ônibus fácil, aeroporto do lado, vida noturna badalada com a passarela do álcool e Praça São João Batista e agora na Maramata tem a Praça dos Foods Trucks, praias com acesso caminhando pela orla , por do sol na Sapetinga, ou seja, de dia e de noite você fará tudo andando.

Liguem e agendem mesmo, por que essas pousadas lotam de representantes de noite, é aquele pacote BBB, boa, bonitinha e baratinha.

Já fiquei apenas em 1 destas pousadas quando morava em Itabuna e precisei dormir perto do aeroporto, foi aquela opção simples e barata, nada de luxo, café da manhã simples. Se liguem, as pousadas na Avenida Lomanto Júnior, tem como vista frontal a belíssima ponte estaiada, não é o máximo, caminhar de manhã com esta paisagem urbana. Não deixem de ver o balé dos pássaros todo dia ao entardecer.

Se está confuso com tanta informação , sem saber o melhor bairro, onde se hospedar e como otimizar seu tempo, agora temos um serviço exclusivo de roteiros personalizados. Entre em contato em nosso instagram @juremacintra ou no mail falecomjurema@gmail.com

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Nosso Quintal Bistrô – pérola de Ilhéus

Nosso Quintal Bistrô – pérola de Ilhéus

Olha só o privilégio. Eu moro ao lado do ÚNICO RESTAURANTE ORGÂNICO CERTIFICADO DE TODO O SUL DA BAHIA. É muito luxo.

Um ano atrás um amigo me convidou para almoçar numa segunda, sua sobrinha indicou um local bem pertinho de nossa casa. Estava fechado pois só abria de terça à domingo. Eu nem dei importância e hoje me lembro que fiquei 1 ANO inteiro de minha vida sendo tolhida deste prazer, por pura preguiça. Andar de carro dá nisso, a gente não explora o bairro, não conversa com os vizinhos, não participa do fluxo social.

Pois bem, 2 pessoas me marcaram em 2019 e eu fiquei curiosa. Segui no Instagram e FUI. Aí … que foi paixão a primeira vista. Comi um espaguete de palmito com filé mignon divino.

Levei meu esposo que amou, levei meus amigos, primos, parentes e aderentes, é sucesso e sucesso.

Nome: Nosso Quintal Bistrô

Proprietários: Hélia e Allan.

Local: Ao lado do aeroporto.

Comida: Vegana, Vegetariana e opção com carne separada. Pra todo gosto. A chef diz que gosta do equilíbrio.

E daí fui provando tudo. Eles não tem cardápio fixo, somente pratos do dia com produtos sazonais, ou seja, da estação, seus fornecedores são produtores orgânicos certificados que respeitam o solo e a natureza.

Tem salada com Muita PANC (Plantas alimentícias não convencionais), legumes fermentados naturalmente, tem kombucha, tem os chutney de cupuaçu. Meu esposo que ama carne, abre mão para comer a Salada com Falafel ou quibe Vegano. A salada do Bistrô é uma obra de ARTE:

Só de escrever eu já tô pirando de água na Boca. Vou toda semana, por que sempre tem novidades. Comer alimentos da estação é um hábito que faz bem à saúde do corpo e do planeta. Respeitando os ciclos naturais, sem pesticidas e agrotóxicos a natureza fornece em abundância. E bota abundância de receitas criativas.

É uma comida Slow Food, autoral da chef Hélia e você ainda faz amigos, conversa, ela te explica o prato. É tudo de bom e sustentável e BELO. Os pratos são de encher os olhos, de beleza e sabor, com flores comestíveis.

KOMBUCHA e cerveja artesanal. Essa mulher faz tudo com mãos mágicas e um sorriso cativante.

A sobremesa. Êita… tal de iogurte de leite de coco com fermentação natural tinha de ser tombado como patrimônio imaterial. Ou sorvete artesanal … ou o que ela inventar, sempre tem gostosuras.

É ao lado do aeroporto, espaço que não tem muitas opções como já abordei neste outro artigo, então chegou morrendo de fome de viagem… para lá rapidinho, leva as malas e que é na esquininha mesmo. Ou faz ao contrário, vai voar, 14, 15 horas? Chega mais cedo, por causa dos mega-engarrafamentos da ponte, e almoça no Bistrô, você vai sair de Ilhéus encantado com a potência da gastronomia agroecológica.

Preço moderado. Tem gente que acha caro… Mas … quanto custa o alimento baratinho do mercado? Quanto custa fica doente? Quanto custa contaminar solos, rios e águas com pesticidas? Quanto custa o trabalho análogo à escravidão em grandes fazendas? Quanto custa o desmatamento? Quantos custas as queimadas?

Alimento orgânico garante um preço justo ao produtor e qualidade para quem come e para a natureza. Tudo em equilíbrio. Então os custos externalizados do alimento orgânico é muito mais barato, ele não provoca nenhum ônus ao SUS , nem à administração pública, nem à justiça. Orgânico e Agroecológico mantém uma Economia Circular perfeita e sustentável, respeito ao solo, respeito às águas, respeito às pessoas, respeito aos povos da floresta e povos tradicionais, respeito à saúde. Pensa nisso antes de achar o orgânico caro. Tem um documentário que se chama o Alto Custo do Preço Baixo, tá no Youtube e vale cada minuto, o livro História das Coisas também mostra como a Economia Linear provocou o colapso ambiental no planeta.

Comer é um ato político. No Bistrô também é um ato de amor.

Cuscuz Marroquino com talos e folha de beterraba na salada – bom demais

Aceita cartões. Aceita carinho. Aceita curtir um jazz nos sábados de noite. Tábua de frios muito boa e especial. 60,00 dá para 4 pessoas tranquilo.

Estou falando com tanto entusiasmo que com certeza você está achando que ganhei alguma coisa dos donos , não é???? ledo engano, digo e repito em meu Instagram, minha profissão é Advocacia, se tiver parceria vai surgir de forma orgânica e real. Pago TODAS as contas onde vou, posso falar bem ou mal. Geralmente só falo bem, quando não gosto me calo ou mando mensagem privada, sempre construtiva e positiva, pois acredito numa comunicação não-violenta. E assim vamos… locais que gosto, eu gosto mesmo e apoio, por que amo ser papa-jaca de fato e de Direito e amo ver esta região crescer.

Desenvolvimento se faz com turismo consciente. Amo falar de Ilhéus, temos muitos problemas, mas temos uma RIQUEZA que precisa entrar no cenário turístico que é a Agricultura Familiar e Agroecológica.

No Bistrô Nosso Quintal dá para ver como essa riqueza é POTENTE E VIVA. Desfrutem.