por Jurema | jul 2, 2016 | Blog, Consumo Consciente
por Jurema Cintra Barreto
advogada e as vezes psicóloga de alguns clientes
Nesta árdua e longa tarefa de reequilibrar as finanças pessoais é preciso muita mudança de comportamento. Isto não vai acontecer do dia para noite, se você está lendo nossa série de 07 passos, então você já caminhou , toda grande jornada se inicia com um passo, assim dizem os atletas. E é uma maratona mesmo. Se você é um super endividado, precisamos de super medidas e super-ação também.
- Não comprar
- Não chorar
- Não entristecer
- Economizar
- Cortar gastos
- Deixar hábitos antigos para trás
- Planejar
- Poupar
- Extirpar os juros
- Não parcelar
É muita coisa, mas se você fizer uma delas em cada mês, já estará se ajudando muito, não espere que algo caia do céu, estranho que quando acontecem “milagres” assim , um dinheiro inesperado, um prêmio na loteria, uma herança, muitas pessoas perdem tudo, por que não sabem lidar com dinheiro. Quantas vezes você já ouviu isso: “Nossa fulano ganhou uma bolada e perdeu tudo”, como pode? Pode sim e é muito comum, a TV vive mostrando ganhadores da loteria que perderam toda sua fortuna pois não sabem administrar. Com o sistema tributário complexo que temos no país quem tem médias e grandes fortunas sempre conta com escritórios especializados.
Você e eu não somos esses milionários, ok? Mas sua casa é seu mundo e você precisa saber administrar seu dinheiro, inclusive se espelhando nos grandes, naqueles que superam tudo(tem a sorte também) e venceram.
Mas a ideia de estar em dia com suas contas e dinheiro e felicidade é muito complexa.
O filósofo, escritor e professor da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) Jair Lopes Barboza acredita que o ser humano é carente por natureza. “Além das necessidades naturais, temos aquelas criadas pelo mundo do consumo”, aponta. A combinação de tantos desejos, na visão de Barboza, cria um ciclo complexo de satisfazer e gerenciar, que influencia na percepção da felicidade
Para Eugenio Mussak, o que angustia o ser humano não é a necessidade de escolher, mas a percepção de que uma opção pressupõe várias renúncias. Além disso, ele chama atenção para a ansiedade que o descontrole em relação aos anseios materiais pode acarretar. “A insatisfação é ruim quando está vinculada ao consumo desenfreado. Nada contra o consumo, só temos de tomar cuidado para que ele seja minimamente consciente”, diz .
Certa feita eu estava num Grande Mercado e folheava um livro, pelejo para lembrar o título e não adianta, mas li a orelhinha e a introdução. Era uma pesquisa feita por um médico e uma psicóloga sobre o ato de comprar. Eles usaram vários métodos científicos sobre hormônios e satisfação ao se ter coisas e objetos. Quem não gosta de sair com uma sacola novinha da Loja? Mas a frustração posterior quando se chega em casa é terrível, por que você dividiu em MIL prestações suaves, de juros não tão suaves assim.
Fazemos as seguintes perguntas:
- Eu precisava disto?
- Eu tinha dinheiro sobrando para gastar?
- Eu vou usar mesmo?
- Vai ser útil?
- No caso de roupa, sapato, acessórios: Combina com o que eu já tenho?
- É o momento adequado?
Quando as respostas são negativas a sensação de angustia e frustração são terríveis, e a mídia o tempo todo nos impulsiona ao consumo desenfreado, de que para ser belo, feliz e aceito é preciso disto ou daquilo. Começa-se a viver uma FICÇÃO DE DINHEIRO, aquele limite do cartão você não tem, ele não existe, não é seu, ele é um engodo para você dever ao Banco e pagar JUROS. Juros é essência do trabalho bancário, é o coração, a alma. A compra é fictícia com o parcelamento no cartão ou financiamento no carnê, e você acaba seduzido pelo impulso da prestação baixa. Você compra algo que não precisa com dinheiro que não tem. Juro só é bom se ele trabalhar para você, se você for INVESTIDOR e não GASTADOR.
Na introdução deste bendito livro que me arrependo de não ter comprado para citar adequadamente, os autores falavam sobre o ato de PARCELAR compras. Quando você parcela e se faz essas perguntas acima, se dá conta do erro que cometeu, a aquisição daquele produto, seja barato ou caro seria interpretado pelo seu cérebro como um castigo. Cada mês que você paga aquela prestação parece uma penitência, a sensação de punição pelo Pecado Capital cometido. O bem também se deteriora e isto aumenta a sensação de angustia e arrependimento. Pior ainda quando você compra aquele óculos lindo, caro,divide em 10 vezes e perde ou é furtada? Ave, Santíssima, é como se enfiassem uma faca em seu coração, não é? Uma dor, pela perda de algo absolutamente não essencial à vida!! QUEM NUNCA???
Segundo os autores quando se compra à vista, inicialmente você tem a certeza que o dinheiro irá sair de sua conta bancária em um clique, dentro da própria loja, ou na frente do computador você se faz aquelas 6 perguntas acima, mas ANTES DE COMPRAR e não depois, que é o erro. Estas 6 perguntinhas são MÁGICAS, se você responder NÃO, em apenas uma delas, a chance de você não comprar é muito grande.
A compra à vista ela se torna mais RACIONAL, você tem de refletir por que o dinheiro vai embora. Ela é planejada, por que você teve se preparar para comprar aquilo, você poupou. Ela tem ponderação, você precisou pensar e não se levou pelo impulso da prestação baixa. Na compra à vista você pechincha, negocia, afinal é uma quantia significativa(mesmo que não seja tão alto, negociar é fundamental). A maioria das lojas no Brasil parcela, então se for pagar à vista peça desconto sempre, DESCONTO é a palavra da sua vida a partir de hoje. Outras empresas grandes não dão desconto, então argumente: ” mê dê os 2,3,4% da taxa do débito e eu pago em dinheiro?” Todo shopping ou até mesmo na rua tem caixas eletrônicos, imagina se tudo na vida você economizasse 4% x 12 meses, é uma quantia razoável. Para minha surpresa entrei em uma grande rede de Material de Construção e se você pegar a notinha com o vendedor do setor, ele aplica de 3 à 5% de desconto à vista, mas se você for diretamente ao caixa não.
Quando você adquire o objeto a impressão de que ele realmente lhe pertence e que você pode desfrutar sem culpas e traumas é muito diferente. A sensação é de que você pode gozar daquele bem sem nenhuma angústia, pode colocar o travesseiro na cama e dormir tranquilo, sem insônia por que a fatura do cartão não vai chegar.
Quer ver outra coisa que só é bom fazer com dinheiro à vista, são viagens. Canso de ouvir pessoas dizerem que a viagem foi ótima, mas quando chegaram a conta do cartão de crédito foi de matar, vai ter de parcelar no Banco, que levou um susto com o Imposto, com a variação cambial da moeda. Aí tudo que você se divertiu passeando foi por água abaixo, por que você criou um problema. Ao invés de ter lindas lembranças, você tem noites de insônia. Chega o São João do próximo ano e você ainda está pagando a viagem do ano passado. Será que isso vale mesmo a pena? Não era melhor ter economizado e viajar com aquele dinheirinho certo, para gastar com tranquilidade e sem culpas. Conhecer outros lugares é fantástico, mas bom mesmo e viajar e voltar com a conta no POSITIVO.
Dicas de ter desconto em compras à vista:
- Comprar em sites no boleto é melhor do que passar no cartão, a maioria dão de 5% à 8% de desconto no pagamento no boleto à vista;
- Veja as etiquetas e placas das lojas, o valor da parcela e o valor à vista devem estar estampados, mas sempre peça mais desconto, pechinche, fale com o gerente, com o dono;
- Na Feira Livre, comprando mais de um produto sempre tem um abatimento, 1kg 3 reais, 2kg 5 reais, mas cuidado com desperdício;
- Sites de busca de preço como Buscapé ajudam a fazer comparativos, veja sempre se a empresa é idônea, cuidado com ofertas mirabolantes ;
Você deve estar a se perguntar, mas eu ainda não tenho dinheiro para fazer isso, então tenha calma, uma TV em 24 vezes no carnê, você pode comprá-la à vista, se pegar o dinheiro desta prestação e colocar na poupança em 10 meses, neste tempo você pensa de realmente está precisando e ainda pode pegar aquelas promoções relâmpago na internet.
O próximo será o último post da série mas já estou ficando na saudade.
Você já aprendeu as Dicas:
Dica 1 – PARE DE COMPRAR
Dica 2- PARE DE CHORAR
Dica 3- PARE PARA PLANEJAR
Dica 4- PARE PARA POUPAR
Dica 5- PARE DE PAGAR JUROS
Dica 6- PARE DE PARCELAR
por Jurema | jun 30, 2016 | Blog, Consumo Consciente
por Jurema Cintra Barreto
advogada e as vezes psicóloga dos clientes
Esta é a quarta postagem do tema dos super-endividados. Acho que os leitores estão gostando pois no Facebook já são dezenas de compartilhamentos e isso nos incentiva a continuar escrevendo.
Vamos recapitular. Você já parou de comprar, principalmente supérfluos, parou de chorar e parou para planejar e esboçar suas dívidas. Agora vamos falar sobre poupar. (mais…)
por Jurema | jun 29, 2016 | Blog, Consumo Consciente
por Jurema Cintra Barreto
advogada, militante em Direitos Humanos e as vezes psicóloga dos clientes
Nos posts anteriores você viu que é preciso Parar de Comprar e Parar de Chorar para equilibrar suas finanças. Geralmente os super-endividados que atendo compram sem parar, no seu cartão de crédito, no cartão do primo, da irmã, da mãe, da vizinha, do amigo de trabalho. Quando não tem mais crédito compra fiado, pendura, parcela no cheque, divide em 15689 prestações(parece as Organizações Tabajaras do programa humorístico Casseta e Planeta). (mais…)
por Jurema | jun 28, 2016 | Blog, Consumo Consciente
por Jurema Cintra Barreto
advogada, militante em Direitos Humanos e as vezes “psicóloga” de alguns clientes
No post anterior você viu que se não parar urgentemente de Comprar suas finanças que já estão no beleléu vão se afundar mais e mais. Acredite esse poço é bem fundo. Problemas financeiros já são a principal causa de Divórcio, Depressão, Faltas no Trabalho, Suicídio, entre outros. É grave mesmo e é uma epidemia brasileira, 41 milhões de pessoas com nome sujo segundo a SERASA. Um deles é você, mas se está lendo este artigo já temos uma chance de mudar. Falo tanto de experiências pessoais quanto profissionais da advocacia atendendo os super-endividados.
Se você não entender que este local que se meteu foi por sua única e exclusiva responsabilidade vai sempre querer achar culpados e nunca achará soluções, e a culpa é um fardo pesado demais, vejam as frases que mais ouço:
- Foi meu primo que pediu emprestado o cartão
- Foi meu marido que me endividou
- Foi minha vizinha que sujou meu nome
- Foi por que eu gosto de ajudar
- Foi por causa da promoção, eu não calculei os juros
- Foi a doença de minha mãe, tive gastos inesperados
- Foi a Faculdade que aumentou demais
- Foi a Presidente
- Foi por que eu fico nervosa e não sei como negar, aí emprestei meu nome
- Foi por confiança demais, meu namorado comprou um carro em meu nome
- Foi por que meu negócio foi sabotado
Sim, algumas pessoas podem ter sido desonestas contigo neste caminho, mas ninguém colocou uma arma em sua cabeça. Tomar consciência que os ERROS foram cometidos por nós mesmos e sabendo da sua responsabilidade, sem se martirizar, ainda mais, e, finalmente procurar as SOLUÇÕES. Aprender com nossos próprios erros e NUNCA, nunca mais repeti-los. Dizer não é difícil, mas é um exercício que precisa ser feito todos os dias, tem ditado antigo assim ” Quem empresta, não presta”. Todas as vezes que emprestamos nosso nome, além de ficar sujo na praça ainda nos indispomos muito com a pessoa que não cumpriu o acordo, amizades são perdidas, brigas familiares são travadas. Paremos de chorar leite derramado e vamos à luta.
Leia sites de educação financeira. Leia blogs de pessoas que venceram estas dificuldades, como o Fly, coreógrafo da Xuxa. Veja matérias na televisão sobre o assunto. Descubra o seu caminho. Não existe receita pronta, mas existe milhares de possibilidades para você tentar e que dão certo com muitos e muitas por aí, por que não daria certo contigo. Informação é primordial. Abandone um pouco o Facebook e o Instagram, pois ver fotos de seus amigos viajando não vão pagar suas dívidas e essa felicidade toda em redes sociais é um tanto fictícia, montada e manipulada. Leia, converse, quanto mais você souber sobre o tema, mais recursos terá em suas mãos. Prazer mesmo é não ter dívidas, ter amigos e bons livros de cabeceira.
Chorar não paga dívidas, aliás a Mara Luquet, a consultora de finanças da TV fala exatamente isso em seu livro “Tristeza Não Paga Dívidas”. Chorar e ficar esperando um milagre não vai acontecer não adianta. Tem gente que ainda pega o pouco que tem e gasta em jogos de azar, outro dinheiro jogado fora. Se não é um recurso extra, nem pela diversão você está perdendo a oportunidade de poupar.
Se você é funcionário público, pare de chorar e de comprar e de fazer empréstimos. Passe uns meses de aperto, mas acabe com este hábito. A vida é instável por mais que um concurso pareça tão maravilhoso assim. Surpresas financeiras podem acontecer com qualquer um. Você vai sair dessa. Se não consegue sozinho, desabafa com um amigo de sua confiança. Dá medo mesmo não é? Algumas clientes choram muito quando vem no escritório para resolver alguma questão dessas super-dívidas. Eu repito: VAMOS MATAR UM LEÃO A CADA DIA. É uma sensação de impotência terrível, você luta tanto, passa numa prova difícil, ganha até bem, mas não consegue ter uma vida razoável, não consegue ser bem sucedido como o vizinho da mesa do escritório. Primeiro vamos ter cuidado com o Recalque, aí só a psicologia mesmo, a grama do vizinho sempre será mais bonita. A segunda coisa é que isso acontece com qualquer pessoa, uma honesta, uma pessoa batalhadora, “trabalhadeira”, mas em algum momento você se perdeu, não foi, algum golpe inesperado da vida, uma viagem mal planejada, um eletrodoméstico comprado na prestação a perder de vista, um acidente? Enfim, o que você precisa é aprender com os erros, se errou ao comprar financiado objetos não-duráveis, nunca mais faça isso em toda sua vida. Parou?????
Se você tem carteira assinada ou é autônomo também terá de parar de comprar, parar de chorar um hora. Procure alguma renda extra. Faça um bico, numa festa, num evento, venda sonho(Palmirinha começou assim), revenda algo que não precisa de investimento inicial, do tipo se sua amiga vende Mary Kay, faz uma parceria, venda para ela e peça uma porcentagem menor. Não tenha vergonha, como falo sempre vergonha é não fazer NADA, vergonha é ficar de braços cruzados. Trabalho sempre é algo muito digno.
Só que se você parou de comprar, parou de chorar e está se movimentando, lembre-se que esse dinheiro extra é para pagar as dívidas e não para comprar mais. Fez um bico, pague a conta do açougue, da farmácia, a luz atrasada. Conversar com os seus credores também é bom, pois isso lhe dá credibilidade, a mentira e enrolação vai piorar seu estado emocional.
E apoio emocional é tudo que a gente precisa nestas horas. Um colo, uma palavra de afago e descobrir que somos fortes sim e que apesar de demorar um pouco esta tempestade vai passar.
Dica 1 – PARE DE COMPRAR
Dica 2 – PARE DE CHORAR
por Jurema | jun 27, 2016 | Blog, Consumo Consciente
por Jurema Cintra
Advogada, militante de Direitos Humanos e quase psicóloga de alguns clientes.
Ultimamente estou atendendo muitos super-endividados e sempre percebo que os problemas deles são menos jurídicos e mais comportamentais. De educação financeira realmente.
Esta semana vou postar em 7 dias, 7 dicas para colaborar nesta luta.
Como disse @ivetesangalo na série “As Brasileiras” : Melhor o seu nome no Serasa do que na boca do sapo”. Com humor que vamos falar de consumo consciente.
É este o problema: CONSUMO. Compramos por que é legal, compramos por que está na moda, compramos por que está na novela, compramos por que minha amiga do Facebook tem, por que precisamos ser aceitos.
Você não vai conseguir organizar suas finanças se não parar pelo menos por um tempo. Para seu salário entrar e você respirar. Para você não ter mais aquelas pequenas dívidas que levam seu dinheiro para o ralo.
Confesse : você deve a vizinha que vende Avon, a amiga que vende Natura, a colega de trabalho que traz coisas importadas, a prima, do amigo da vizinha que vende roupas, deve ao primo por que pediu o cartão de crédito emprestado para dividir a festa de São João em 10 vezes. Engraçado que na festa que vem você chora pois ainda está pagando a “curtição” do ano passado. O seu limite estourou, e você fez aquele cartão da loja do shopping e da outra loja também. É tão fácil se endividar e os bancos amam este tipo de comportamento, muitas vezes obsessivo. Então se você não Parar de Comprar essa bola de neve numa vai parar de crescer.
Uma forma divertida e lúdica de parar por um tempo são os desafios .
Desafio 180 dias sem comprar roupas. Veja o blog Um ano sem Zara
Desafio 180 dias sem comprar cosméticos.
A ideia é usar tudo que tem, misturar roupas e fazer novos looks, postar nas redes para se divertir no caminho, reformar, consertar, doar o que não serve, reorganizar o guarda-roupa . Usar todos os seus batons, use um pincel e vá até o fim, vire os potes de creme, use tudo e só compre um shampoo novo quando o outro acabar. Você deve ter maquiagem vencida, mas vai comprando por que aquela cor está na moda. Então pare e use tudo que tem.
Eu fico impressionada quando ouço frases de clientes e amigos assim:
- Como vou viver sem aquele short (da marca famosa)? Resp- Roupa é uma casca. Bom é ter roupa boa e sem dívida
- Como vou viver sem ir para aquele show(do sertanejo da moda)? Resp- Vivendo. Bom é não ter dívida!
- Mas meu filho queria e eu tive de comprar o celular caríssimo em 24 vezes com 100000% de juros(na prestação da loja)! Resp- Você está criando um filho ou um pequeno ditador?
- Era promoção e não pude perder e aí comprei mais de um sapato, mesmo sendo igual! Resp- promoção enganação
- Estou devendo, mas o outro banco mandou cartão e eu aceitei! Resp- Ligue de volta e cancele
- Tenho 24 cartões de crédito!! Resp- Quebre todos e vá, aos poucos negociando as dívidas
- Quando fico triste vou ao shopping! Resp- Ficou triste: leia poesia
- Tenho empréstimo consignado, empréstimo na conta corrente, empréstimo em débito automático, empréstimo no cheque, empréstimo no carnê e devo ao agiota, ao meu vizinho, a minha mãe!(Isso tudo foi uma pessoa só) e acredite são tantos assim! Resp- Psicólogo urgente, Isso é TOC- Transtorno Obsessivo Compulso de Consumo. Ajuda especializada.
- Tenho vergonha por que devo! Resp- acredite muitos outros estão igual a você, então não é vergonhoso, é difícil, claro, mas o primeiro passo só você pode dar, vá no CDL de sua cidade e pegue sua certidão do SERASA, lá poderá ter uma ideia de suas dívidas . Se você conversar com dois amigos verá que algum deles está do mesmo jeito.
Reflita se você precisa mesmo deste ou daquele coisa, aí vem uma importante questão filosófica, Ter é mais importante que Ser?
Não esqueça que parar de comprar é também diminuir o consumo geral. Luz apagada, torneiras fechadas, tomadas desconectadas, pegar mais ônibus, pesquisar preço de gasolina, pode parecer pouco, mas no final de 12 meses imagina a economia?? Com a diminuição dos gastos do mês, aos poucos você começara a enxergar seu dinheiro voltar e dar mais valor ao mesmo.
Sabe o que é ser chique: é ter Saldo POSITIVO EM SUA CONTA BANCÁRIA!
Deixe seus cartões de crédito em casa e bem guardados, se possível pede para sua mãe ou marido esconder. Cartão é bom, mas é crédito, muitos usam o limite como se já fosse seu, já conta com este valor para o mês e a dívida não para de crescer.
Aprenda dizer NÃO E PARE DE COMPRAR. Lembre-se que é uma mudança de hábito e não vai ser rápido. Pode demorar meses ou anos para você se reestabilizar, mas vai funcionar e esses ensinamentos vão te acompanhar para toda vida.
Dica 1- PARE DE COMPRAR
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