A Pec das Domésticas e o fechamento da última senzala

A Pec das Domésticas e o fechamento da última senzala

ou Conselho para Tiago Laifert: vai assistir Que Horas Ela Volta?

por Jurema Cintra Barreto- advogada e militante de Direitos Humanos


 

Internautas de todo o país ficaram revoltados com a fala do apresentados da Globo Tiago Laifert no programa “É de Casa” deste dia 28/11/2015 ele disse “as empregadas ganharam direitos’. Termo impróprio e preconceituoso revela além da falta de conhecimento,a forma como muitos  setores sociais encararam a conquista e avanço na legislação brasileira. Existe uma máxima do direito contemporâneo e moderno inspirada no escritor Rudolf Von Ihering que diz “Direito se conquista com Luta”. Assim como o global alguns acreditam que foi um acordo de leniência, uma ‘dádiva”, uma ‘oportunidade’ que a elite ‘boazinha” concedeu.

A Emenda Constitucional 72/2013 conhecida como a PEC das Domésticas e a Lei Complementar 150/2015 vieram corrigir um grave equívoco de nossa legislação trabalhista equiparando o serviço doméstico à qualquer outro, garantindo direitos iguais entre trabalhadoras e trabalhadores de qualquer setor produtivo do país. Direitos anteriormente negados como FGTS, seguro-desemprego e horas extras já foram regulamentados, informações completas das alterações podem ser obtidas na Cartilha Doméstica Legal

A fala do apresentador demonstra o incômodo que parte da sociedade brasileira teve ao perceber que a última senzala do Brasil acabava de ser extinta: a cozinha.  O serviço doméstico no país que está em sua maioria na informalidade tem cara e cor,  são mulheres negras e pobres, segundo Pnad 2013, Brasil tem maior número de empregados domésticos do mundo, com 7,2 milhões de trabalhadores dados confirmados pela OIT-Organização Internacional do Trabalho.

Não é difícil ouvirmos nas ruas, nas casas e em conversas de elevadores frase do tipo: “Ninguém pode ter mais uma doméstica agora”, “Ela era da família,mas vou ter de despedir” ou “O Governo quer acabar com a gente, vou ficar sem babá”.12036547_790264507763675_2686262443943759490_n

O filme da cineasta Anna Muylaert “Que Horas Ela Volta”, é o indicado do Brasil ao Oscar de melhor filme estrangeiro e mostra exatamente esta relação colonial e escravocrata entre patrão e empregada, até o momento em que Jéssica aparece na história com sua auto-estima e rompe com diversos paradigmas de sua mãe Val, a empregada representada por Regina Casé em atuação brilhante e impagável. na Fan page Que Horas Ela Volta? pessoas de todo o mundo contam suas experiências sobre o filme e alguns relatos são impressionantes, como nas saídas dos cinemas na Europa e os brasileiros são abordados pelos locais questionando se era daquele jeito mesmo ou se a diretora exagerou para dar mais dramaticidade às cenas constrangedoras. Claro que o filme é até sutil e os diálogos são inteligentes, sabemos de casos muito piores de humilhação, desrespeito e subjugação. Numa das frases célebres Jéssica diz:

“Não sou melhor que ninguém, também não sou pior”. É o genuíno sentimento de igualdade que a lei veio trazer reparando uma desigualdade histórica.

Alma

Alma

Por Alemberg Santana – médico psiquiatra


 

As casas mais visitadas do mundo, assim as são, pela história de vida de quem habitou nela e deixou suas marcas, pela personalidade do seu morador mais ilustre e não pelo papel de parede, sofá caríssimo ou paninhos de fogão. A casa de Jorge e Zélia, de Frida e Diego, Santos Dumont, Coco Chanel, certamente não tem os estimados valores dos rigores arquitetônico, mas tem muito mais.
Os novos ricos importam-se mais em parecer que ser, e, nessa onda de aparência, pagam, às vezes caríssimo para ter uma sala com cara de showroom e zero de sua personalidade, na decoração.
Eu, particularmente, acho super-mega-brega quem quer, deseja ou permite que outro, faça por si, aquilo que é da sua competência, por alma na casa.
Técnicos de edificações, decoradores, arquitetos e engenheiros, tem muitas qualidades e competências, são fundamentais para seguir as normas técnicas, dar segurança, nos ajudar a economizar, escolher os melhores e mais apropriados materiais etc, etc, etc, são infinitas e nobres as suas funções.

Ah, mas a alma da casa é o dono, que faz!
Casas sem alma:


Casas com alma dos habitantes:

Casa com minha alma:

Paremos de consumir sacolas plásticas

Paremos de consumir sacolas plásticas

Hoje comprei um lápis e o vendedor me entregou este bendito  lápis dentro de uma sacola plástica enorme, então recusei, disse que não precisava. Ele ficou surpreso e me questionou, claro que expliquei que minha bolsa cabia um lápis, e que o mesmo já vinha numa embalagem especial selada e também por uma questão ambiental: ERA UM SACO A MENOS JOGADO FORA. Ele ficou mais surpreso ainda, me disse que a partir de agora iria incentivar todas as clientes a fazerem o mesmo, pois seu custo com embalagens é extremamente alto, além disso também tinha preocupações ambientais, só não sabia o que podia fazer ou como contribuir. uma pequena ideia, grandes mudanças. E vc que acompanha nosso blog, qual sua ideia para mudar o mundo e as relações de consumo?

Na Europa qualquer loja cobra de 10 à 30 centavos de Euro por cada sacola plástica.

Já no Brasil o Governo Federal fez o site Saco é um saco para conscientizar a população.

Ps: a imagem que você vê no post não é “O SACO” , é outro que usei para exemplo, eles estão em todo lugar insuportavelmente.

 

Rio de Janeiro x Metrô x Gastronomia

Rio de Janeiro x Metrô x Gastronomia

Depois das andanças ficam as dicas de como andar no Rio de Janeiro de forma barata e provar uma excelente culinária.

Confira abaixo o mapa do metrô da capital carioca e o site oficial na companhia Metrô Rio

Estação Cinelândia: Casa Villarino – Comer tira-gosto e tomar cerveja sentada nas mesmas mesas que Tom Jobim, Vinicius, Ary Barroso e Dolores Duran construíram a MPB … é reviver a cultura brasileira

Estação Cantagalo: Pub Escondido,CA– cerveja artesanal de trigo, asinhas de frango apimentadas e hambúrgueres artesanais. Rock de primeira e um ambiente agradável. É numa rua escondida mesmo, nada que o Google Maps não nos leve com tranquilidade, muito próxima a estação de metrô. Ir e vir de transporte público, é seguro e legal, assim você pode se esbaldar com as cervejas e chopps artesanais de alta qualidade. Os copos e tulipas estão à disposição para venda.

 

 

El Born– comida espanhola-sangria de vinho muito boa!!!

 

Estação São Cristóvão– Feira de São Cristóvão e bem na frente o Adegão Português que é um clássico da culinária portuguesa no Rio de Janeiro com décadas de tradição, apenas oito minutos andando da estação. Comida portuguesa divina: vale provar “Bacalhau Espiritual”

 

Estação Ipanema/Gel. Osório: Restaurante Alvaro’s na Rua Ataulfo Paiva, super tradicional e um Lombo de Bacalhau inesquecível.

 

Estação Cardeal Arcoverde– Sindicato do Chopp(Leme): Tomar Chopp Escuro no Rio de Janeiro é um clássico, acompanhando Bolinho de Bacalhau.

Estação Largo da Carioca– comer delícias de doces e salgados na Confeitaria Colombo e matar todos os desejos…

 

Estação Largo do Machado – depois de apreciar o Cristo Redentor, comer uma massinha artesanal e comida italiana no Mama Rosa, na descida do Trem do Corcovado.

 

As informações contidas neste blog refletem as sensações da escritora e não foram patrocinadas por nenhuma das empresas, são vivências reais e sem vinculação econômica.

Como escolher um candidato??????

Como escolher um candidato??????

Não, não voto em alguém por que ele é gente boa, esse argumento é simplista demais.
Para escolher meu candidato ou candidata, seja na OAB ou na política em geral eu sempre me faço algumas perguntas:
1-como ele se comporta com a sua família e com os advogados? Tem diferença? É uma pessoa em casa e outro no Fórum? O comportamento na vida privada é o mesmo na vida pública?
2- como ele age com os servidores da Oab?
3-o que ele pensa sobre direitos humanos? Ele entende a Oab como guardiã da Constituição e por isso defensora dos direitos sociais e políticos ?
4- o que ele pensa sobre diversidade?
5- o que ele pensa sobre meio-ambiente?
6- o que ele pensa sobre direitos da mulher?
7- ele tem realizações que eu possa avaliar?
8- ele faz promessas ou assume compromissos ?
9- ele realiza os compromissos que assume?
10- a escolha dos membros da chapa partiu de critérios objetivos ou aleatórios?
11- o que cada membro contribuiu ou poderá contribuir para a advocacia? São advogados militantes no dia-a-dia do balcão do Fórum? Eles demonstram credibilidade?
12-como ele se comporta com a imprensa?
13- o que ele pensa sobre movimentos sociais ?
14- ele pensa em uma OAB preponderantemente corporativa ou uma OAB aberta à sociedade?
15- quem o apoia ?
16- como ele pensa uma gestão compartilhada?
17- o que ele pensa dos movimentos sociais ?
Ahhh, depois de responder estas 17 perguntas, eu NÃO TENHO A MENOR DÚVIDA que meu voto é 1717 no dia 25/11 . Andirlei, Nélia Ferreira, Lorena, Erico Adami e Ariovaldo quando avalio cada uma das respostas que encontro, elas são precisas e coerentes e o perfil dos 5 se encaixa perfeitamente nos cargos para representar nossa Instituição nos próximos 3 anos. Eu preciso saber quem eles são e o que pensam pois vão dirigir uma instituição com grande poder politico e jurídico, com poderes constitucionais amplos. É um privilégio votar em vocês para a diretoria da OAB Itabuna.

Política do Pão e Circo na OAB- Para quê e para quem?

Política do Pão e Circo na OAB- Para quê e para quem?

Por Jurema Cintra Barreto

Advogada-vice-presidente da OAB – Subseção Itabuna


Este texto é fictício, qualquer aproximação com a realidade demonstra apenas que “a carapuça caiu em sua linda cabeça”.

 

política do Pão e Circo (panem et circenses, no original em Latim) como ficou conhecida, era o modo com o qual os líderes OABdianos lidavam e lidam  com a população em geral de advogados e advogadas, para mantê-la fiel à ordem estabelecida e conquistar o seu apoio nas eleições que ocorriam. Esta frase tem origem na Sátira X do humorista e poeta romano Juvenal, vivo por volta do ano 100 d.C., e no seu contexto original, criticava a falta de informação do povo Oabdiano, que não tinha qualquer interesse em assuntos políticos, e só se preocupava com o alimento e o divertimento, as festas, chopp, happy, happys.

Com a sua gradual expansão, o Império OABdiano  tornou-se um estado rico, uma Seccional com bastantes recursos, cosmopolita, e sua capital, SalvadoROMA, tornou-se o centro de praticamente todos os acontecimentos sociais, políticos e culturais na época de seu auge. Isso fez naturalmente com que a cidade se expandisse, com gente vindo das mais diferentes regiões em busca de uma vida melhor. Como acontece até hoje em qualquer parte do mundo, profissionais humildes e de poucas condições financeiras iam se acotovelando nos grandes escritórios firmas de SalvadoROMA, em escritórios de advocacia sem uma mínima proteção jurídica das relações de trabalho, espaço reduzido, de pouco ou nenhum direito, e que eram exploradas em empregos de muito trabalho de pautas e audiências e pouco retorno financeiro. SalvadoROMA e o Império aprovaram um decreto simbólico denominado  “Piso Ético” mas era letra morta, sem eficácia jurídica alguma, pois somente um piso sindical poderiaa ser cobrado judicialmente na Corte SalvadoROMANA.

Esses ingredientes, em qualquer sociedade são perfeitos para detonarem revoltas sociais de grandes dimensões, detonarem mudança de administrações inclusive. Para evitar isso, os imperaOABdores  optaram por uma solução paliativa, que envolvia a distribuição de cereais, livrinhos e a promoção de vários eventos happy, happys para entreter e distrair o povo dos problemas mais sérios na fundação da advocacia  ROMAbaiana.

Assim, nos tempos de crise, em especial no tempo de Eleições do ImpériOAB, as autoridades acalmavam o povo com a construção de enormes comitês e arenas virtuais, nas quais realizavam-se sangrentos espetáculos envolvendo gladiadores, parceiros e apoiadores ferozes, corridas de pesquisas eleitorais, acrobacias, bandas, espetáculos com palhaços, num local denominado FACEBOOKOLISEU. Outro costume dos impera-OAB-dores era a distribuição de livrinhos aos jovens que chegavam. Basicamente, estes “presentes” ao povo SalvadoROMANO garantia que a plebe não morresse de fome e tampouco de aborrecimento. A vantagem de tal prática era que, ao mesmo tempo em que a população ficava contente e apaziguada, a popularidade do impera-OAB-dor entre os mais humildes ficava consolidada. Os apoiadores do ImperiOAB em distritos mais distantes também adotaram práticas similares ou quase idênticas.

Para os espetáculos eram reservados alguns barris de chopp, cervejinha e comida de boteco. Os espetáculos que foram se desenvolvendo em cada uma dessas eleições OABdianas, tinham sua origem na religião/política. Os OABdianos nunca deixavam de cumprir as solenidades, porém não mais as compreendiam e os festejos foram deixando de ter um caráter sagrado e passando a saciar somente os prazeres de quem os assistia. Entoavam mantras religiosos em todos os momentos: VAMOS CQÉSAR VAMOS – VCV, carregavam plaquinhas VQV em todos os locais. Assim ficou conhecida  a Política do Pão e Circo em Roma, ops!, OAB, ops! Bahia, ops!!!

 

Texto parafraseado integralmente do original Política do Pão e Circo de Emerson Santiago no site: http://www.infoescola.com/historia/politica-do-pao-e-circo/

Acredite, foram alteradas pouquíssimas palavras do texto original, além dos neologismos.